Ao tomarmos decisões, é preciso que elas estejam sobre os temores.
Imaginemos uma pessoa surfando, entretanto com certeza de manter o equilíbrio sob a "prancha" e de chegar à praia. O destaque interessante desse comportamento que gerou uma condição analítica de revelações de idéias com consciência com os fatos analisados com o seguinte comentário de Carlos Chagas, abaixo transcrito da Tribuna da Imprensa.
Imaginemos uma pessoa surfando, entretanto com certeza de manter o equilíbrio sob a "prancha" e de chegar à praia. O destaque interessante desse comportamento que gerou uma condição analítica de revelações de idéias com consciência com os fatos analisados com o seguinte comentário de Carlos Chagas, abaixo transcrito da Tribuna da Imprensa.
Revelado o resultado das urnas, logo podem ser tiradas algumas lições, pelo menos por este ano:
1. Ficou claro que votos se transferem, sim senhor. Claro, quando a popularidade serve para impulsioná-los. Dilma Rousseff não ficou com os 83% das preferências populares do Lula, mas obteve o bastante para ganhar a eleição.
2. Quem não é conhecido pode chegar em primeiro lugar, como a candidata demonstrou, tornando-se conhecida em poucos meses e virando o eleitorado.
3.Passado político, realizações administrativas, tempo de serviços prestados à causa pública são fatores importantes numa eleição, mas jamais essenciais quando, para compensa-los, um candidato (ou uma candidata) apresentam-se como herdeiros da continuidade do antecessor.
4. Outra evidência é de que os tempos modernos desconstruíram a influência de entidades e instituições até milenares, como a Igreja Católica. Ficou provado que o Papa não manda nada, pelo menos nas eleições brasileiras. A intervenção, mesmo subliminar, de Sua Santidade, não se refletiu em votos.
5. Apesar do espalhafato televisivo feito pelas Igrejas Evangélicas nos últimos anos, e tendo conseguido eleger aqui e ali um senador ou um deputado, os bispos não arranharam a decisão do eleitorado, nem carreando mais votos para José Serra, nem retirando-os de Dilma Rousseff.
6. Passou a época das centrais sindicais, ironicamente quando há oito anos elas deram a tônica da primeira vitória do Lula. Se tivesse dependido da CUT a vitória da Dilma, ela entraria na galeria de uma série de líderes que o tempo levou, podendo no máximo eleger-se deputada federal do tipo Jair Meneghelli, Vicentinho e outros.
7. Da mesma forma frustraram-se os barões da imprensa, aqueles dirigentes de jornalões que um dia imaginaram-se donos da opinião pública. Sua campanha ostensiva, como a enrustida, contra a candidata do PT serviu apenas para assegurarem o apoio da classe média alta, que já detinham e que continuariam detendo mesmo se não tivessem dedicado uma só das múltiplas manchetes e dos editoriais desperdiçados há meses para denegrir o governo e sua candidata. Parece haver-se encerrado o período em que desfilavam sua empáfia pelos clubes e restaurantes de luxo, bajulados pela freqüência elitista.
8. Baixou a crista dos institutos de pesquisa, todos incorrendo em clamorosos erros na campanha pelo primeiro turno, quem sabe até distorcendo números no intuito de agradar clientes. A unanimidade dos percentuais no segundo turno revelou apenas que tentaram recuperar o faturamento para as próximas eleições.
9. Outra lição a tirar das urnas foi de que denúncias de corrupção, verdadeiras, falsas ou exageradas, valem muito pouco na decisão do eleitorado. Não são consideradas pela maioria dos eleitores.
10. Por último, nessa relação ainda inconclusa, a lição maior: eleições deixaram de ser prática elitista, comandadas pelas camadas privilegiadas da sociedade. O voto tornou-se instrumento da maioria tantas vezes desconsiderada. Daqueles que perceberam, certos ou errados, que detém o controle do processo político nacionaL.
Acompanhemos, agora se as promessas de campanha serão cumpridas.
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